O que dizem sobre a Trilha dos Azulejos

Confira os depoimentos da EQUIPE 2012 e das Escolas que participaram da 5ª edição do programa educativo Trilha dos azulejos.

Tatiana Petra e Patricia Herzog
* sócias diretoras da Tríade patrimônio, turismo educação

Vivenciar o conhecimento da arte e exercitar o olhar para a leitura do patrimônio cultural foram os motivadores para a criação do programa educativo Trilha dos Azulejos em 2005. Nossa inspiração partiu das centenas de obras do artista Athos Bulcão em azulejos por Brasília. Ícone do modernismo, a cidade é um museu a céu aberto. A arte, antes restrita às galerias, ganha as ruas e as crianças experimentam o contato direto com o objeto de estudo. O patrimônio se transforma no eixo central da prática pedagógica e o conteúdo curricular é enriquecido com atividades em sala e aulas-passeio. A partir do programa educativo Trilha dos Azulejos, o estudo sobre Athos e sua obra foi inserido nas orientações curriculares e centenas de crianças do Distrito Federal têm a possibilidade de investigar de maneira lúdica e criativa o que a gente acredita ser educação para as artes.



Rafaela Gueiros

* artista plásticas, arte educadora e consultora
   em programas educativos em museus

Mesmo antes de trabalhar diretamente com o programa educativo Trilha dos Azulejos, eu percorri Brasília por caminhos até então desconhecidos, sendo conduzida pela mão por uma empresa feita de sonhos, a Tríade. Também ela me proporcionou a oportunidade de aprofundamento nessa caminhada sem fim.
Ainda me considero uma recém chegada em Brasília, pois é dessa forma que me permito ser encantada a cada novo detalhe descoberto, apresentado, estudado, olhado... E foi com esse olhar despretensioso que mergulhei na Trilha dos Azulejos com investimento de tempo, de vontade, de trabalho e de curiosidade, graças às portas que me foram abertas pela Tríade.
Athos Bulcão, com seus trabalhos fantásticos e simplicidade cativante (de espírito e de proposta)... Lucio Costa, com seus ideais tão lógicos e perfeitamente encaixados na realidade, nada utópicos... Oscar Niemeyer, com as construções imponentes e fluidas ao mesmo tempo, se infiltrando na paisagem e se construindo junto com ela... Burle Marx, cheio de ciência imperceptível aos meus olhos leigos... Sim, JK tem seu lugar na história de Brasília, não nego, mas existem muitos outros personagens que só ganharam corpo, e corpo presente, depois do passeio por esse programa.
Assim como eu fui transformada por ter percorrido essa deslumbrante trilha, é muito improvável que as crianças também não tenham sido transformadas. Puderam participar de momentos tão divertidos e leves que é possível nem terem percebido o volume incalculável de aprendizado para a vida, para a escola, para os estudos, para a cidade. Os momentos em sala, na aula-passeio e na produção dos azulejos construíram uma base, que acredito ser sólida, para a continuidade de um agir consciente e contextualizado.
Assim como já conhecia e acreditava no potencial educativo da arte, acredito (ainda mais) no potencial educativo também do patrimônio cultural como um todo (material ou imaterial), sendo ambos, a arte e o patrimônio, imprescindíveis para a construção de um olhar atento e preocupado com a manutenção dessas nossas riquezas.


Alice Maria Duarte

* artista plástica, arte educadora e professora. 
   Supervisora Trilha dos Azulejos

Viver a experiência de trilhar por Brasília durante essas tardes quentes, por três meses, além de intenso, foi enriquecedor.
O projeto é sério, exige empenho, atenção, cuidado e muita responsabilidade. Além do material que carregávamos diariamente nos “kits” (almanaques, papéis coloridos, lápis de cor, tesoura, cola, “bigodes” e “óculos de aro preto”), carregávamos também pequenas vidas de olhinhos brilhantes e curiosos dentro dos ônibus confortáveis que trilharam por Brasília atrás dos azulejos do mestre Athos.
Todo esse “peso”, toda essa responsabilidade carregada em nossos “kits de trabalho”, contrabalanceava com a ludicidade e a “leveza” com que o trabalho foi conduzido.
Então, eu posso declarar nesse depoimento que aprendi com os grandes personagens da nossa jornada diária, que jogar com os “contrastes” na rotina a faz ficar mais branda, mais suave, e o trabalho fica bem agradável...
Resumindo, viver essa experiência foi seguir à risca as orientações de Niemeyer para Athos Bulcão: “Leve, pesado. Leveza, peso...”


Simone Maximiano

*estudante de filosofia e professora. Mediadora Trilha dos Azulejos

Brasília, Athos, patrimônio, arte. Dois eixos permeados por quatro escalas, as da delicadeza, da dedicação, do carinho e do conhecimento. Dimensões de um projeto realizado na proporção escola-mediadores-supervisão e produção. Percorrer a trilha dos azulejos é voltar a ser criança para olhar novamente, brincar com a arte. Fazerarte. Conhecer a cidade-parque, seguir as formas e cores da cidade-galeria.
É uma experiência prazerosa e gratificante: pelo aprendizado, pelo olhar, pela arte, pela convivência, pelas pessoas com as quais se trabalha. Agora ficam as fotos e as memórias, um patrimônio tombado pelos sorrisos e pela saudade.
Valeu, Tríade!


Paco Leal

*estudante de artes cênicas. Mediador Trilha dos Azulejos

Como mediador, sinto que ganhei tanto com este programa quanto as crianças das onze escolas por onde a equipe da Tríade passou nos últimos meses. Foi um trabalho enriquecedor. Falar da cidade onde escolhi morar e da arte que está presente nela foi um privilégio, além da oportunidade de conhecer e explorar lugares que antes não conhecia.
Transmiti meus conhecimentos sobre Brasília e Athos Bulcão da melhor forma que pude, com o desejo sincero de ajudar na educação de quem aprende algo novo todos os dias.
Cada semana foi diferente, mas sempre houve cuidado, interesse, surpresas, desafios. Na memória me vêm imagens das escolas, professoras, alunos, lugares, e fico satisfeito pela certeza de que proporcionamos uma experiência de aprendizado diferente, lúdica e marcante.
Nos últimos dias de atividades, ficava feliz ao ver que as crianças tinham aprendido de verdade sobre arte, patrimônio, sobre os personagens de Brasília; que aproveitaram o almanaque, as atividades práticas, as brincadeiras; que o passeio havia sido realmente único, pois muitos não conheciam os lugares aonde íamos e os que já conheciam aprendiam coisas novas! Dava pra ver a alegria das crianças, nos pedindo que voltássemos, que ficássemos mais tempo... E pra mim também foi divertido e leve. A energia das crianças é contagiante e a sede de aprender é genuína e inspiradora.
Agradeço à equipe da Tríade pela experiência e aos que compartilharam o dia a dia nas Escolas Classe de Brasília: minha supervisora, Alice, minha companheira de sala de aula, Simone, e os colegas, Maurício e Gabriel. Certamente é um trabalho que vai deixar saudades!


Ricardo Pratesi

*estudante de filosofia. Mediador Trilha dos Azulejos

            Como já conhecia o trabalho da Tríade por amigos que já colaboraram com o projeto, quando soube da seleção, já possuía o interesse de trabalhar nesta empresa. Desejava participar do programa devido a sua estrutura e a sua abordagem.
            Por ser um programa que atua em escolas públicas durante três dias, de forma interativa, interdisciplinar e prática, o programa educativo Trilha dos Azulejos se mostrou um projeto completo do ponto de vista pedagógico. Isso o torna mais efetivo na educação visual que os programas educativos de espaços fechados como os centros culturais de Brasília. Por isso, enquanto mediador, admiro a iniciativa do programa Trilha dos Azulejos.
            Porém, o Trilha não é somente um programa de arte-educação, mas também um movimento fenomenológico, um desvelamento da cidade. Assim, o programa se mostra importantíssimo, pois aborda a história, a utopia, o patrimônio. Por meio do projeto, reavivamos nos jovens estudantes as ideias e intenções que agenciaram a cidade-jardim, e denunciamos as ideias e intenções que saqueiam o patrimônio mundial. E mais, conectamos esses pequenos com a história da arte ocidental em uma de suas maiores explosões, com padrões estéticos que transformaram toda a nossa relação sensorial com o mundo no século XX. Enquanto mediador, sinto que trabalhei realizando pontes no tempo, trabalhei ligando gerações, criando/transmitindo memória, para que, um dia, as próximas gerações realizem a utopia que é Brasília.
Athos Bulcão é o devir-criança de Brasília. A melhor escolha para reunir as mais diversas experimentações que formam Brasília e mostrá-las para as crianças, para que, seguindo um ideal construtivista, elas se tornem artistas de sua própria realidade.
            A cidade para mim é outra agora. Meu próprio olhar mudou. Semana após semana, aprendendo continuamente, observando os detalhes, seguindo o olhar das crianças, tudo isso misturou a cidade oficial com a cidade da minha infância. Também comecei a admirar duas novas figuras, antes somente conhecidas: Athos Bulcão, claro, e Burle Marx, uma grande surpresa. Outra coisa que foi importante para mim, foi o contato com as crianças. A afetividade que elas mostravam e a maneira como elas se apropriaram dos conteúdos foi muito gratificante.
            Quero agradecer a toda equipe, sempre comprometida e presente. Diretores, coordenação, supervisão e mediadores, todos foram importantes. Quero agradecer, especialmente, ao Eduardo, que estava ali, lado a lado, me salvando quando o pensamento me escapava ou quando as lâminas ficavam caindo do quadro. À Marielle, minha supervisora que, durante todas as semanas, deu muito suporte e retorno sobre o meu trabalho, sempre me ajudando. Foi ela que me chamou a atenção para a obra do Burle Marx. E também quero agradecer a outra dupla da manhã, com quem eu aprendi muito, Mateus e Ylian.


Eduardo Alves

*estudante de pedagogia. Mediador Trilha dos Azulejos

       Participar do programa educativo Trilha dos Azulejos foi realmente uma experiência única, principalmente por dois motivos: 
             Para além das perspectivas da arte, do patrimônio e da educação, estivemos em contato direto com as crianças que, ao nos receberem sempre com tanto carinho e alegria, foi impossível não sentir emoções mil de uma escola para outra. A experiência de poder introduzir um conceito diferente no que tange à pedagogia de projetos e à responsabilidade maravilhosa de sair do contexto da sala de aula com os pequeninos. Foi incrível!
Obrigado a toda equipe Tríade, a todas as professoras que nos receberam, a todos os pequeninos empolgados com o nosso trabalho e a Brasília, por ser o palco principal desse projeto de sucesso! Que o programa seja permanente e contribua com o surgimento de novas visões de arte urbana nas cabecinhas dos pequenos!
OBRIGADO CRIANÇADA! ESSE PROJETO É PARA VOCÊS!


Mateus Bochese

*estudante de história. Mediador Trilha dos Azulejos


Este ano foi o segundo ano que pude participar da aplicação do Trilha dos Azulejos, programa educativo que vejo com muito carinho, principalmente ao me deslumbrar com a recepção das crianças e de toda comunidade escolar ao programa.
Quando mostro a um aluno o que é Brasilia, não penso que estou mostrando só a ele, penso quantas pessoas vou atingir: o aluno chegará em casa mostrando tudo que aprendeu sobre a cidade onde nasceu e mora, mostrando que Brasilia é muito mais que uma cidade burocrática.
Como estudante de historia, sempre me deparei com a falta de conhecimento que as pessoas têm sobre sua própria história, a falta de significados em relação à construção de Brasília. O programa permite tapar estas lacunas de uma forma completa, não apenas com conhecimento, mas também com a vivência e a criação.
O conhecimento sobre a cidade vem no primeiro dia, repleto de informações: desde a missão Cruls até Brasília patrimônio. Passa por JK e chega a Burle Marx. Porém, o ponto alto do primeiro dia é falar de Athos Bulcão e ver Brasília com um outro olhar. É olhar o Teatro Nacional e entender os blocos da fachada. É conhecer os motivos de termos uma cidade assim, uma cidade de curvas com arte.
Descobrir Athos Bulcão é ver a arte simples. Ver os azulejos nas paradas de descanso do Parque da Cidade e entender que arte não é necessariamente feita para ficar em museus. E isso tudo que ensino para os alunos não é simplesmente para eles, é pra mim também.
Descobri Brasília com a Tríade. Apaixonei-me por cada canto desta cidade monumental. Aprendi muito e aprendo mais a cada aplicação. Entender a cidade e a sua história traz um sentimento de preservação, vemos a importância de ter cada coisa no seu lugar. Brasília é isso: um ideal de perfeição.
Se hoje posso falar de Brasília, se posso ensinar sobre Brasília, é porque encontrei no meu caminho o programa educativo Trilha dos Azulejos. A cada aplicação do programa vejo um maior número de pessoas se preocupando com o patrimônio, e não apenas por ser publico, mas por saber o que ele significa.
Obrigado Tríade por, mais uma vez, acreditar no meu trabalho e por me ensinar cada vez mais a entender a história de Brasília.


Ylian Miranda

*estudante de história. Mediador Trilha dos Azulejos


Participar dessa edição do programa educativo Trilha dos Azulejos foi uma ótima experiência de aprendizagem. Aprender o sentido, o significado, o valor das obras de Athos Bulcão inseridas na “obra mestra” que é Brasília.
A necessidade de se conhecer Athos Bulcão, sua vida e obra, juntamente com todos os artistas que concretizaram o novo e o diferente – e, porque não, o sonho – é atividade permanente. O Programa faz sua parte nessa ação, compartilhando de maneira diversa e divertida assuntos da maior importância, capítulos da história de um Brasil que se quis do futuro em todas as dimensões.
Os três dias que passei em cada escola fez com que eu vivenciasse um pouco da realidade educacional de Brasília. Ótimas escolas com alunos promissores e interessados, mas também escolas deficientes e desestruturadas. Mas afirmo, sem medo, que todas as crianças compreenderam aquela matéria sem cor que habita em todo o artista, a criatividade. Crianças criativas que, por mais inquietas e enérgicas que fossem, faziam ótimos painéis, seguindo seus critérios de escolha nas cores e nas formas.
Assim, repetindo o que disse no começo, esta foi uma ótima experiência de aprendizado. Uma aprendizagem mútua.


Confira também o que as Escolas tem a dizer do programa Trilha dos Azulejos:

Escola Classe 308 Sul – ALUNOS e PROFESSORAS 

Escola Classe 206 Sul – ALUNOS e PROFESSORAS 

Escola Classe 05 do Cruzeiro – ALUNOS e PROFESSORAS 

Centro de Ensino Fundamental 01 do Planalto – ALUNOS e PROFESSORAS 

Escola Classe 01 SHI Sul – ALUNOS e PROFESSORAS 

Escola Classe 305 Sul – ALUNOS e PROFESSORAS 

Escola Classe Aspalha - ALUNOS e PROFESSORAS

Escola Classe Varjão - ALUNOS e PROFESSORAS

Escola Classe 115 Norte - ALUNOS e PROFESSORAS

Escola Classe 316 Sul - ALUNOS e PROFESSORAS

Escola Classe 108 Sul - ALUNOS e PROFESSORAS


7 comentários:

  1. mateus e yliian adorei voceis na escola CLASSE 01 SHI SUL valeu GUILHERME

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  2. Oi ! Adoramos o passeio,o ônibus e vocês(Gabriel e Mauricio).
    Tchau.
    Com carinho Thallyta e Julya.
    Escola Classe 308 Sul

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  3. Oi, sou a aluna Clara do quinto ano da Escola Classe 308 Sul.adorei o passeio!!!
    Um grande beijo!(Gabriel e Mauricio).

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  4. Eu Miguel e Rafael, da Escola Classe 308, adoramos a trilha dos azulejos.
    UM ABRAÇO.

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  5. Gostei das fotos e do trabalho de vocês ,obrigada por tudo e adorei o trabalho de vocês.


    Obrigado, Maurício e Gabriel.

    Beijos, Mikaelly da EC.308 sul.

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  6. Gostei do trabalho e do passeio, obrigado pelo ônibus, era muito confortável.

    Queria agradecer ao gabriel e ao mauricio, beijos !!

    Daniel e Ranya da escola classe 308 sul 5 ano b.

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  7. OI! Adoramos o passeio e Ônibus vip, um abraço [gabriel e mauricio]
    NATHALIE Escola Classe 308 sul

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